Greve na <i>Portucel</i><br>reabre negociação

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Anteontem, último dos cinco dias de greve realizados com forte adesão dos trabalhadores na Portucel e demais empresas do grupo, no complexo industrial da Mitrena, a administração aceitou marcar para a manhã de quarta-feira uma reunião de negociação – revelou o SITE Sul. Após esta reunião, seria marcado um plenário para analisar a resposta da empresa.

O sindicato condenou a disponibilidade da GNR para ir em socorro da administração, na manhã de terça-feira, quando esta mandou instalar uma barricada no acesso à portaria da fábrica, impedindo a passagem de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, e outros dirigentes sindicais, que iam participar numa concentração de trabalhadores. Esta acabou por se realizar junto a essa «barricada».

Foi aqui decidido que a comissão negociadora sindical e a comissão de trabalhadores se deslocassem à administração, para solicitar uma reunião urgente e retomar o processo negocial.

A greve foi realizada no quadro da luta em defesa do Acordo de Empresa e da aplicação deste a todos os trabalhadores do Grupo Portucel. A administração pretende «adaptar o texto do Acordo de Empresa aos tempos actuais», como um seu porta-voz disse à agência Lusa. Isto traduz-se, como foi denunciado pelos representantes dos trabalhadores e pela célula do PCP na empresa, na intenção de reduzir os dias de férias, de 25 para 22, bem como o número de feriados e sua remuneração; eliminar o descanso semanal obrigatório ao sábado (e o correspondente acréscimo de retribuição); reduzir o pagamento do trabalho nocturno e do trabalho suplementar; desregular a definição de funções, profissões e carreiras profissionais; liquidar a base de indexação e as diuturnidades para os novos trabalhadores... O prejuízo poderá variar entre 200 e 300 euros mensais por trabalhador, contrastando com os lucros da empresa e a recente decisão de distribuição de dividendos.



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